Nuno Marques, médico e diretor do projeto, diz que “Portugal está na vanguarda da Europa” na aposta à melhoria do apoio e da capacitação dos cuidadores informais – cuja primeira formação será gratuita.
O anúncio tinha sido feito pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSS), Ana Mendes Godinho, durante uma reunião do Conselho Consultivo do projeto Expresso Longevidade, que pretende debater as alterações demográficas e o seu impacto na vida dos portugueses. Na altura, em março passado, duas linhas estratégicas estavam sobre a mesa: a criação do Centro de Competências de Envelhecimento Ativo (CCEA) de um plano de ação para capacitar profissionais de saúde, cuidadores informais e o apoio domiciliário.
A ideia passa por uma articulação entre o CCEA e o Instituto de Emprego e Formação Profissional. A primeira formação – gratuita – é dirigida aos cuidadores informais, com módulos de curta duração e uma forte componente prática.
“Esta formação coloca Portugal na vanguarda da Europa, apostando na melhoria de cuidados, na sua rede mais capilar: os cuidadores informais”, refere Nuno Marques, médico e diretor do CCEA. O compromisso do Governo passa por dar uma resposta mais eficaz às carências de qualificação dos profissionais que trabalham na área do envelhecimento, oferecendo as ferramentas necessárias para a prestação de cuidados de alta qualidade.
Já com o site do CCEA disponível online, é possível consultar as ofertas formativas para trabalhadores – incluindo os que estão no desemprego – cuidadores informais de idosos, entidades que promovam o a criação de projetos ligados ao envelhecimento, assim como os parceiros identificados como estratégicos nesta área.
Recorde-se que Portugal está a envelhecer a um ritmo superior aos restantes países da Europa. Em 2022, A idade média da população em Portugal fixou-se nos 46,8 anos, a segunda mais elevada entre os 27 Estados-membros da União Europeia (UE), tendo sido a que mais aumentou nos últimos 10 anos, segundo dados do Eurostat. Portugal apresenta também o terceiro rácio mais alto de dependência de idosos, de 37,2%, superado apenas por Itália (37,5%) e Finlândia (37,4%).
Na altura da reunião dos membros do Conselho Consultivo com Ana Mendes Godinho, a ministra anunciou a existência de “400 projetos dedicados aos desafios colocados pelo envelhecimento a serem financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)” Com um investimento superior a 400 milhões, tratam-se de projetos que dizem respeito à habitação colaborativa, que pretende juntar pessoas mais velhas e pessoas mais novas, com serviços partilhados. A finalidade é promover a autonomia, independência, intergeracionacionalidade, segurança e acompanhamento.
Fonte: Expresso
©2023 Centro de Competências de Envelhecimento Ativo, todos os direitos reservados. Política de Privacidade | Política de Cookies |